Trials Fusion é o novo jogo da Ubisoft. O TechTudo teve acesso ao game, numa versão inacabada do jogo, durante 45 minutos, e pode confirmar: a proposta maluca de Trials, misturando motocross com uma física exagerada e humor gratuito, está preservadíssima. A inovação fica por conta do visual fora de série, do sistema de criação de fases abrangente e do novo sistema de manobras, que promete risadas. Veja nossas impressões: Enemy Front: testamos o FPS que dá uma nova cara à Segunda Guerra Mundial Com visual abençoado pelas novas plataformas, Trials Fusion é uma experiência ao mesmo tempo majestosa e hilária (Foto: Divulgação/Ubisoft) Trocando o figurino Para esta edição de Trials, o estúdio RedLynx não economizou esforços na nova identidade visual, que vai muito além de um simples recapeamento futurista: além dos óbvios menus brilhantes e com temas metálicos, a trilha sonora tem uma pegada que lembra muito Mass Effect (especialmente no uso de instrumentos de síntese para músicas atmosféricas) e todo o design está cheio de naves espaciais, prédios flutuantes e barras de neon. Apesar de preservar a variedade das fases – há florestas, ravinas, pântanos e metrópoles – tudo é invadido por um senso de “o futuro é aqui”. Agrada também que Fusion esteja localizado para o português do Brasil no que tange a texto e interface – as vozes ainda permanecem em inglês, mas a tradução de gritos e piadinhas é secundária à experiência da física. Para trazer um ar fresco também à questão da jogabilidade, o jogo incorporou um brilhante novo modo de manobras, chamado FMX, que agrada mais pelas possibilidades criativas que pela própria pontuação extra. Ao contrário do que os jogos se acostumaram a fazer desde o primeiro Tony Hawk – pule, execute uma combinação de botões, gire o personagem -, Fusion baseia seu modo de manobras 100% na física, seguindo a filosofia da franquia. Trials Fusion (Foto: Divulgação) No ar, o jogador move a alavanca da direita e alguns botões livremente para reposicionar o corpo do piloto como quiser, e o próprio jogo detecta qual manobra é possível fazer naquela posição. Os resultados, especialmente para quem não gosta do arroz-com-feijão, podem ser hilariantes e absurdos. Com aproximadamente 60 fases prontas já de fábrica, Fusion oferece conteúdo de sobra para o jogador. Para progredir, é preciso acumular um número de medalhas até atingir o mínimo do próximo mundo, e essas são dadas de acordo com o tempo e o número de tentativas do jogador em cada fase (bronze vale uma, prata vale duas, ouro vale três). À medida em que o jogo avança, como seria de se esperar, as fases aumentam em dificuldade, mas a RedLynx realmente resolveu abusar nesse departamento em Trials Fusion: nos últimos mundos, o jogador precisará traçar verdadeiras estratégias de guerra para ultrapassar cada obstáculo. Outro destaque nesse departamento é a nova abordagem na última fase de cada mundo, que se transforma num “Jogo de Habilidade” – girar em globos da morte e andar no teto são dois bons exemplos disso. Trials Fusion (Foto: Divulgação) Além das medalhas, o jogador terá também que completar três desafios em cada missão, mas por um outro motivo: cada desafio conquistado libera uma peça de roupa ou veículo extra para ser equipado. A equipe de desenvolvimento do jogo realmente se superou na variedade desses desafios, que vão dos óbvios (“Termine o percurso sem bater”) até maravilhosas insanidades (“Encontre a bomba e se atire com ela sob a ponte”), e ir atrás deles dá uma boa aliviada na repetição da jogabilidade padrão. Isso nos leva ao próximo ponto: a grande abertura que o jogo dá para customização de personagem. E não é meramente estética, também, porque cada veículo liberado – dividos agora entre motos, quadriciclos e bicicletas – tem diferentes propriedades físicas. Trials Fusion (Foto: Divulgação) Alguns aceleram mais rápido, alguns são mais pesados, alguns são péssimos para manobras. Na parte de roupas, pode-se escolher entre diversas peças de roupa de oito kits diferentes – policiais futuristas, palhaços, motoqueiro patriota e um soldado parecido com um Helghast (de Killzone) são alguns deles. Cada kit tem muitas opções, e cada opção pode ser modificada em sua coloração, abrindo espaço para a criatividade. Corra para dominar o mundo Para quem prefere diversão em grupo, a RedLynx criou ao menos três diferentes maneiras de permitir a interação com outros jogadores: de tradicional, o multiplayer para até quatro pessoas, que coloca quatro motos lado a lado para uma corrida simultânea, permanece presente, seja no mesmo console ou através da Internet. Quem é mais antissocial pode ter uma interação mais reservada, correndo contra os fantasmas mais rápidos de cada pista, ou os de amigos. Por último, para quem só quer se gabar, todos os percursos terão rankings mundiais e entre amigos em que todos competirão. Trials Fusion (Foto: Divulgação) Tudo isso, no entanto, não chega à glória do sistema de criação de fases de Trials Fusion, que promete ser imã de muita criatividade humana na próxima geração, como foi LittleBigPlanet na presente. Como naquele jogo, será possível compartilhar todas as fases criadas com o mundo, e acessar qualquer outra feita por qualquer jogador, além de avaliá-las para dar mais destaque público. E ao contrário de competidores diretos no gênero de motocross 2D (pense em Joe Danger), Fusion não começa a edição de cenários com uma linha 2D morta e vazia, mas com um glorioso mapa 3D cheio de diferentes cenários para o jogador explorar. É como um jogo de mundo aberto no qual o objetivo é encontrar a linha 2D mais divertida de se percorrer, e é desta forma – ficando bandeiras virtuais no chão – que o jogador estabelece o percurso. Depois disso, a edição mais mundana vem à tona, com uma infinidade de elementos de cenário disponíveis e muitos eventos programáveis, inclusive para a criação de novos desafios. Mesmo com apenas 5 minutos de contato, foi possível perceber a imensidão do que se encontrava ali. É bom anotar duas funções que ainda se encontram na categoria “Em Breve”, mas que teoricamente já estão inclusas no código do jogo: a primeira seria um sistema de criação e administração de “clãs” dentro de Trials, muito embora a Ubisoft não tenha especificado a utilidade disso até agora. Toda a interface foi repensada de acordo com o tema futurista de Fusion, assim como a trilha sonora (Foto: Divulgação/Ubisoft) O segundo, ainda mais misterioso, é uma opção chamada “Step Into The Light” (algo como “Debaixo dos Holofotes”): apesar de termos zero explicações sobre a natureza da função, o nome leva a crer que tem algo a ver com a transmissão em tempo real de corridas – ou quem sabe de eventos. Sobre eventos, aliás, a Ubisoft Brasil foi bem clara quanto ao que planeja para Trials Fusion em terras nacionais: ela pretende, desde o primeiro dia, organizar campeonatos virtuais regionais e nacionais para encontrar os melhores jogadores, e a partir daí organizar eventos de verdade, com premiação em brindes e até dinheiro. A empresa tem muito interesse em manter vivo o interesse por Trials, pois pretende lançar conteúdo extra por um bom tempo. Ela planeja inclusive lançar um Season Pass para os fãs de carteirinha, como já fazem Battlefield e Call of Duty. O jogo será lançado, no Brasil, no dia 16 de abril, para Xbox 360, Xbox One e PlayStation 4, com a versão de PC saindo “alguns dias depois” em todo o mundo. Nas plataformas next-gen, a Ubisoft lançará até mesmo uma versão física do produto. Quanto ao preço, haverá diferenciação entre as versão da geração que termina e a que começa: para PC e Xbox 360, o jogo custará por volta de R$45, enquanto para PS4 e Xbox One ele estará perto dos R$99. Quais os melhores jogos de corrida? Opine em nosso Fórum. saiba mais Naruto Ultimate Ninja Storm Revolution: testamos o novo game do famoso anime Tales of Xillia 2: testamos o novo RPG exclusivo para PlayStation 3 Copa do mundo Fifa Brasil 2014: testamos o novo game da franquia
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