Muito antes da invenção do Iphone e do Ipad, a Apple revolucionou o mundo dos computadores com o lançamento do Macintosh. Antes da apresentação do “Mac”, em 24 de janeiro de 1984, os computadores eram máquinas caras e de uma linguagem quase incompreensível. Contudo, a chegada do primeiro Macintosh, com 128 k de memória, por US$ 2.500 tornou os computadores mais acessíveis à população, principalmente pelas facilidades como o uso do mouse.
Antes do Macintosh, a Apple já vendia o Lisa, que trazia inovações como mouse, mas custava cerca de US$ 10 mil. A meta original da Apple era vender o Mac por US$ 500, mas ele foi inflacionado quando Steve Jobs resolveu tomar conta do negócio e criar o “computador perfeito”.
O 128 k faz sucesso – 50 mil unidades são vendidas nos primeiros 100 dias -, mas o modelo tem como problema a falta inicial de software. Em 1985, ano em que a Microsoft lançou o primeiro Windows, 500 mil Macs foram vendidos. Graças à possibilidade de ver na tela uma reprodução aproximada do que seria impresso, o Mac era capaz de substituir caríssimos sistemas fechados e agilizar os métodos convencionais de produção gráfica. Estava inaugurada a revolução do Desktop Publishing, que rendeu anos de margens de lucro exorbitantes para a Apple.
Já em 1986, após uma crise na companhia que culminou com a saída de Steve Jobs, o Macinstosh voltou a ser sucesso com a criação do modelo Plus, que sai de fábrica com 1 MB de RAM e podendo ser expandido para 4MB. O sucesso é tão grande, que em março de 1987, a Apple vende o milionésimo Macintosh.
Em 1987, surge o Macintosh II, que é o primeiro modelo com CPU separada do monitor.
Outra inovação do Mac foi a capacidade de utilização de disquetes de 1,4 MB. Em 1989, a Apple tenta inovar e criar o primeiro Macintosh portátil, mas o peso de 8 kg frustra um pouco a ideia de que o modelo podia ser carregado.
Anos depois, em 1992, na briga com os PCs a Apple lança 19 modelos de Macs, entre as linhas LC, Centris, Quadra e PowerBook. Um modelo de Centris dura apenas três meses do lançamento à descontinuação. A Apple é acusada de “estufar” o canal de vendas, contando máquinas entregues para revendas e devolvidas como máquinas vendidas.
O ano de 1995 não foi bom para o Mac, principalmente por causa do lançamento do Windows 95, o que diminui consideravelmente as diferenças entre os PCs e os Macs. No ano seguinte, a Apple cai com um prejuízo de quase US$ 800 milhões no primeiro trimestre. A crise acabou apenas em dezembro de 1997, ano em que Steve Jobs se torna CEO interino da empresa.
Em 1998, a Apple lançou o computador que é símbolo da volta por cima da empresa: o iMac. Colorido, curvilíneo, totalmente diferente dos PCs beges. Durante meses, é o computador mais vendido nos EUA. Em setembro do ano seguinte, a empresa lançou o iBook, o primeiro laptop da história não direcionado a executivos milionários. Junto com ele estreia a internet sem fio.
Em julho de 2000 é lançado o G4 Cubo, que embora tenha uma proposta diferente, não teve sucesso comercial. Em junho de 2003 chegam os Power Macs G5 – classificado pela Apple como o mais rápido computador pessoal já fabricado até então.
A terceira geração dos notebooks derivados do Macintosh chega às lojas em janeiro de 2006: os MacBook Pro. Embora fisicamente parecidos com os antecessores PowerBook G4, eles agora carregam processadores Intel. Mais leves e com novo sistema operacional, os PowerBook são atualizados na metade de 2007.
A linha de sucessão do Mac continua em 2008 com o lançamento do notebook MacBook Air. Steve Jobs anuncia durante a Macworld Conference ter criado o notebook mais fino do mundo até aquela data.
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