Nextel: vender a Nextel Brasil pode não ser boa ideia. Além de ser negócio com mais receitas e base, foi justamente mercado cujo desempenho promete recuperar crescimento
A Nii Holdings tentou se reposicionar no mercado em 2013 ao vender ativos como torres e as operações no Peru, mas nada disso impediu um ano complicado para a companhia norte-americana, com queda na base, nas receitas e prejuízo líquido de US$ 1,6 bilhão.
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Por conta disso tudo, durante conferência para analistas nesta sexta-feira, 28, o CEO da empresa, Steve Shindler, disse estar “claramente desapontado com o desempenho operacional” e afirmou que está avaliando que ações tomar para reverter esse quadro, incluindo uma possível venda da Nextel Brasil.
Ao ser perguntado por um analista sobre a possibilidade de vender dois dos maiores ativos da Nii, a Nextel México e a Nextel Brasil, Shindler confirmou que isso poderia ser uma opção.
“A percepção é de que a companhia como um todo reconhece os problemas de liquidez. Acho que é certo dizer que vamos avaliar todas as alternativas e vamos ver o que pode acontecer para nós que possa permitir gerar o crescimento”, disse.
“Não há nada específico, mas estamos abertos ao que for necessário”, completa, especificando que não há ofertas, definição de quais mercados seriam vendidos e tampouco uma avaliação de preços. “Se alguém nos abordar com uma proposta de valor adequado vamos conversar”, disse.
Vender a Nextel Brasil, entretanto, pode não ser uma boa ideia. Além de ser o maior negócio, com mais receitas e maior base, foi justamente o mercado cujo desempenho promete recuperar o crescimento.
Segundo o COO da Nii e presidente da Nextel Brasil, Goukul Hemmady, o ano de 2013 chegou a ser desafiador para a companhia, mas encerrou com crescimento na base 3G após o lançamento em São Paulo e no Rio de Janeiro.
“Em 2014, esperamos que a tendência continue com resultados melhores”, disse. A ideia também é lançar o serviço de 4G no Rio de Janeiro (conforme antecipado por este noticiário) e no México.