O aplicativo Secret, que tem feito um grande sucesso entre os adolescentes, tem gerado polêmica por conta da sua condição de anonimato entre os usuários, garantindo sigilo de identidade em postagens com mensagens e fotos. Algumas pessoas têm usado a ferramenta para espalhar calúnias, injúrias, apologia ao tráfico de drogas, racismo, pedofilia e homofobia pelas redes sociais. O mau uso do aplicativo tem despertado a atenção da Polícia Civil do Rio que está investigando denúncias de crimes cometidos através do recurso.
Em São Paulo, já existem processos em andamento na Justiça, por causa de calúnias espalhadas através do aplicativo. Um dos casos mais chocantes é o de um jovem que teve fotos em que aparece nu, espalhadas pela rede, com mensagens que afirmavam que a vítima seria portadora do vírus HIV e frequentadora de orgias. O Google e a Apple, que disponibilizam gratuitamente a ferramenta para download foram autuadas.
A Google Play emitiu uma nota, recentemente, afirmando que qualquer pessoa pode denunciar um aplicativo se julgar que ele viola os termos de uso e políticas da Google Play ou a lei brasileira. A empresa ainda afirmou que analisará a denúncia e poderá remover o aplicativo, se detectar alguma violação.
A polêmica envolvendo o app Secret pode inaugurar o Marco Civil da Internet. Serão examinadas questões como o idioma do manual de acesso ao aplicativo, que está em inglês, e o anonimato do usuário que vai de encontro com o inciso 4º, do artigo 5º, da Constituição Federal que diz que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.
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