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Credibilidade de jornais impressos é maior
09/03/2014
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Os leitores apaixonados pelo meio até improvisam para conseguir acesso aos jornais
Agência Estado
Os jornais impressos são os meios de comunicação com o maior nível de confiança da população, conforme levantamento encomendado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Divulgada ontem, a “Pesquisa Brasileira de Mídia 2014: hábitos de consumo de mídia pela população brasileira” ouviu 18.312 pessoas, em 848 municípios, com o objetivo de subsidiar a elaboração da política de comunicação do governo federal.
A pesquisa, realizada pelo Ibope, constatou que 53% dos entrevistados que leem jornais impressos confiam nas notícias publicadas. No caso dos ouvintes de rádio, o índice de confiança nas notícias é de 50% e, entre o público da televisão, 49%. O índice de confiança nas informações alcança 40% entre os leitores de revistas, 28% entre os visitantes de sites, 24% entre os frequentadores de redes sociais e 22% entre os leitores de blogs. “Quase metade dos brasileiros usa a internet como meio cotidiano de informação. Ao mesmo tempo, você tem outro dado em relação à confiabilidade, que é o oposto. Quando você coloca qual é a informação mais confiável, os jornais sobem e a internet cai, o que mostra que a história e a credibilidade do meio impresso continuam sendo um referencial para as pessoas”, disse o ministro-chefe da Secom, Thomas Traumann.
Os entrevistados também foram questionados sobre a confiança nas propagandas veiculadas em diferentes meios de comunicação. De novo, os jornais impressos foram considerados os mais confiáveis: 47% dos entrevistados que leem jornais afirmaram confiar sempre ou muitas vezes em anúncios de publicidade publicados, índice superior ao verificado entre as pessoas que leem anúncios na TV (42%), rádio (42%), revistas (36%), sites (23%), redes sociais (22%) e blogs (19%). “Isso é um reconhecimento do cidadão e da sociedade às boas práticas do jornalismo de qualidade e independente”, afirmou ao Estado o diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira. “Nesse mundo, com a pulverização tão grande de informações, em que a internet tem uma força muito grande, esse jornalismo de qualidade feito pelos jornais é reconhecido e isso é positivo”, acrescentou.
Segundo a pesquisa, a média de uso de internet de segunda a sexta-feira é de três horas e trinta e nove minutos, mais que o tempo dedicado à televisão (três horas e vinte nove minutos), ao rádio (três horas e sete minutos) e aos jornais impressos (uma hora e cinco minutos). A média de uso de internet sobe para três horas e quarenta e três minutos nos finais de semana, mais que o tempo dedicado à televisão (três horas e trinta e dois minutos) e ao rádio (três horas).
A pesquisa não questionou os entrevistados sobre o tempo dedicado à leitura de jornais impressos nos finais de semana – segundo o chefe da Assessoria de Pesquisa de Opinião Pública e Planejamento do Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Vladimir Gramacho, abordagens preliminares constataram não haver uma variação significativa. “Isso acaba sendo uma omissão da pesquisa. A experiência de todos nós que trabalhamos com mercado de comunicação é de que qualquer cidadão lê no final de semana mais tempo do que durante a semana”, comentou Pedreira.