A tecnologia Adobe Flash Player ainda é considerada essencial para as pessoas que desenvolvem e usam a Internet. Mas, aos poucos, novos recursos estão surgindo e os existentes vão sendo aprimorados, abrindo caminho para uma futura substituição do plugin. Conheças quais são essas tecnologias e veja se daqui a alguns anos não será mais preciso instalar o Adobe Flash Player. Flash Player é um vilão no PC? Veja motivos para desinstalar o plugin Adobe Flash Player (Foto: Reprodução) Os recursos que estão sendo usados para substituir o Flash não são novas ferramentas mágicas, na verdade, são apenas padrões web. Os padrões HTML, CSS e JavaScript já são utilizados há bastante tempo e encontram-se disponíveis em praticamente todos os navegadores atuais, incluindo os de dispositivos móveis. Isso elimina a necessidade de instalar e utilizar extensões ou visualizadores de Flash. Conheça um pouco mais sobre essas tecnologias. CSS3 CSS (Cascading Style Sheets) é uma linguagem de estilo, utilizada para definir a apresentação de documentos escritos em linguagens de marcação como HTML ou XML. A sua principal vantagem é fazer a separação entre o formato e o conteúdo de um documento, ou seja, o CSS formata a informação entregue pelo HTML, seja ela uma imagem, texto, vídeo, áudio ou qualquer outro elemento. O CSS3 é simplesmente a mais nova versão do CSS, com muito mais recursos. Com ele é possível definir estilos para páginas web com efeitos de transição, imagem e outros, o que fornece um diferencial em todos os aspectos de design do layout. Com isso, o CSS3 facilita a vida dos desenvolvedores web e também dos usuários, pela variedade de transformações na apresentação de um site, que em alguns casos podem substituir funcionalidades que só seriam possíveis usando Flash Player. JavaScript JavaScript é uma linguagem de programação padronizada e baseada em scripts. Ela é suportada e encontrada nativamente na grande maioria dos atuais navegadores, o que garante que não é preciso instalar nada para tê-la funcionando na hora de navegar na Internet. É interessante observar que apesar de conter Java no nome, a linguagem não tem nada a ver com a “Java”. A linguagem evoluiu e gerou uma série de ferramentas, que podem fazer muito do que antes só era possível no Flash. Um recurso importante que permite usar JavaScript para fazer coisas bem complexas é o JQuery: uma biblioteca que além de facilitar o desenvolvimento em JavaScript, adiciona muitos efeitos que seriam difíceis de implementar utilizando só o JavaScript. Usando JQuery é possível até mesmo fazer animações para web. JavaScript permite embutir programação em páginas HTML (Foto: Reprodução/Guilherme Garnier) HTML5 O padrão HTML5 é uma evolução natural do antigo HTML, que traz novas tags e mais poder de para o desenvolvedor fazer o que precisa. Diferente das versões anteriores, o HTML5 agora fornece ferramentas para o desenvolvedor usar CSS e JavaScript e fazer seu trabalho da melhor maneira possível. Com o HTML5 é possível manipular as características desses elementos e deixar o website, ou a aplicação, leve e funcional. Com o HTML5 é possível colocar áudio e vídeo nos sites sem ter que usar plugins, o que já elimina a utilização do Flash como Player. O recuso é bem proveitoso, tanto para o desenvolvedor quanto para o usuário, já que não é preciso se preocupar com a atualização de plugins, além de facilitar a forma como os desenvolvedores lidam com formulários, entre outras vantagens. O HTML5 também permite usar armazenamento local para que as aplicações web possam funcionar offline, o que é muito útil em situações nas quais o dispositivo perde a conexão com a Internet. Algumas aplicações do Google (Gmail, é um exemplo) já utilizam esse recurso. HTML5 é principal tecnologia para substituir o Flash (Foto: Reprodução/Edivaldo Brito) As dificuldades Usando essas três tecnologias o desenvolvedor pode conseguir substituir o Flash em suas páginas web. No entanto, isso nem sempre será possível já que ainda existem limitações e o trabalho muitas vezes pode ser “manual”. Isso acontece porque apesar de já existirem ferramentas que automatizam algumas atividades no desenvolvimento (sendo um delas da própria Adobe, com o Edge), o trabalho ainda não é feito de forma tão completa como é elaborado no desenvolvimento em Flash. Também vale lembrar que nem sempre o resultado de utilizar HTML, CSS e JavaScript é igual à um site feito com Flash. saiba mais O que é HTTPS e como ele pode proteger a sua navegação na Internet Como inserir um ‘botão do pânico’ no Chrome e esconder suas abas Site ‘Processe Aqui’ gera petições online para ajudar em ações judiciais aTube Catcher ou KeepVid: qual o melhor para baixar vídeos do YouTube? Facebook sabe quando você vai começar a namorar; veja pesquisa Mesmo com essas dificuldades, os resultados compensam todo o trabalho. Assim, o desenvolvedor não precisa lidar com uma tecnologia “proprietária” (atrelada às exigências de uma empresa) e ainda consegue entregar um site que não exige do usuário a instalação de um plugin, por vezes problemático. Além disso, o carregamento de páginas se tornam bem mais rápidos com os novos recursos. Já existem diversos bons exemplos da substituição do Flash por tecnologias abertas, entre eles estão o próprio YouTube, que oferece uma opção para usuário escolher exibir os vídeo usando HTML 5. É claro que a curto prazo ainda não é possível eliminar a necessidade de usar o Adobe Flash Player, mas com a evolução dos atuais padrões abertos da web, é só uma questão de tempo para isso acontecer.
Problemas com Flash Player no Google Chrome? Comente no Fórum do TechTudo.