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02 de janeiro de 2015 • 20h12
Os Estados Unidos reforçaram nesta sexta-feira seu arsenal de sanções econômicas contra a Coreia do Norte em represália ao ataque informático contra a Sony Pictures.
As novas sanções, adotadas contra dez responsáveis do regime e três organizações e empresas norte-coreanas, respondem às “numerosas provocações” (de Pyongyang) e, particularmente, ao recente ciberataque contra a Sony Pictures”, destacou o departamento americano do Tesouro.
“Trata-se da primeira série da nossa resposta” ao ataque à Sony, informou a Casa Branca em um comunicado.
A Sony cancelou, em meados de dezembro, a estreia do filme “A Entrevista”, após as grandes redes de cinema cancelarem sua exibição diante das ameaças de hackers, que já haviam atacado os estúdios, no final de novembro.
A comédia, estrelada por Seth Rogen e James Franco, narra um suposto complô da CIA para assassinar Kim, cujo governo classificou o filme de “um ato de terror sem sentido”.
Washington, que acusa Pyongyang de estar por trás dos ataques, incluiu em sua lista negra dez funcionários do regime, a agência de pesquisas norte-coreana e duas empresas ligadas ao setor militar da ditadura comunista.
As sanções “refletem o compromisso dos Estados Unidos de manter a Coreia do Norte como a responsável por estas ações destrutivas e desestabilizadoras”, destacou o secretário americano do Tesouro, Jacob Lew.
“Utilizaremos um amplo leque de ações para defender as empresas e os cidadãos americanos contra tentativas de minar nossos valores”.
Em seu comunicado, a Casa Branca reafirmou que o governo americano “leva muito a sério os ataques da Coreia do Norte visando causar um impacto financeiro destruidor em uma empresa americana e ameaçar artistas (…) com o objetivo de restringir o direito de livre expressão”.
Um alto funcionário americano, que pediu para não ser identificado, disse que “estas sanções foram adotadas para aumentar a pressão sobre os dirigentes norte-coreanos”.
Trata-se da primeira resposta oficial de Washington após o ataque contra a Sony ser reivindicado por um grupo de hackers que se denomina “Guardiões da Paz”.
A Coreia do Norte tem sido vítima de cortes na Internet, mas Washington se nega a admitir ou desmentir sua responsabilidade na situação.
O governo norte-coreano já é alvo de sanções internacionais devido ao seu polêmico programa nuclear.