Testes feitos em roedores com estímulos elétricos mostraram que movimentos lentos e rígidos dos animais foram susbtituídos por comportamentos ativos com o tratamento.
Cientistas liderados pelo brasileiro Miguel Nicolelis conseguiram diminuir os tremores e proteger os neurônios dos avanços da doença neurodegenerativa. O renomado neurocientista, pesquisador da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, divulgou novos avanços da técnica desenvolvida para a redução do mal de Parkinson, que foi iniciada em 2009. Agora, os cientistas constataram que, além de amenizar os tremores, a técnica tem efeito a longo prazo e protege os neurônios de lesões.
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A doença é causada pela perda progressiva de neurônios produtores de dopamina, uma molécula essencial no cérebro, que é responsável por controlar o movimento, equilíbrio, aprendizado, humor, emoções, cognição, sono e memória.
Segundo o estudo, a terapia pode vir a se tornar uma alternativa ao uso de medicamentos, como o fármaco levodopa (L-Dopa), que reduz os danos da doença mas tem efeitos colaterais.
“Notamos uma melhora a longo prazo, com um progresso da coordenação motora dos animais, além de uma reversão da perda de peso”, fala Nicolelis. O cientista também relatou avanços quanto à proteção dos neurônios. “Nossos resultados mostram que a terapia funciona ainda como neuroprotetora, garantindo que os neurônios permaneçam protegidos e não sofram outras lesões”, complementa.
Os experimentos já foram feitos em um pequeno número de seres humanos pelo mundo.
Os pesquisadores continuam a investigar como estimulação da medula espinal funciona. Também começarão a explorar o uso da tecnologia em outras desordens motoras neurológicas.